Dirigido pela jornalista e cineasta Waleska Santiago, “Doce Veneno” é, até o momento, a mais contundente produção audiovisual sobre o impacto do uso indiscriminado de agrotóxicos no Estado do Ceará.
Limoeiro do Norte – CE. “Doce Veneno” (Sweet Poison), é um documentário sobre as conseqüências do uso de agrotóxicos no Nordeste do Brasil. Limoeiro do Norte é uma cidade de 60.000 habitantes, onde as repercussões do envenenamento por agrotóxicos teve comunidades devastadas. Desde abastecimento de água contaminada a altos incidentes de defeitos congênitos, doenças terminais, os habitantes desta cidade foram intimamente afetados por sua exposição a agrotóxicos.
Quando o ativista local José Maria Filho, o Zé Maria do Tomé, revelou os impactos prejudiciais dos pesticidas para a mídia, foi assassinado por se manifestar. Trabalhadores agrícolas de Limoeiro colaboraram para organizar e defender, e ganharam legislação histórica para proteger sua comunidade.
“Doce Veneno” (Sweet Poison), foi realizado após anos de acompanhamento dos casos envolvendo impacto de agrotóxicos à saúde humana e do meio ambiente no Estado do Ceará. O filme, uma produção independente, sem patrocínios financeiros, foi gravado no Ceará por documentaristas cearenses e editado em Los Angeles (EUA). Dirigido pela jornalista e cineasta Waleska Santiago, “Doce Veneno” é, até o momento, a mais contundente produção audiovisual sobre o impacto do uso indiscriminado de agrotóxicos no Estado do Ceará.
Será lançado oficialmente neste dia 7 de março, no Through Women’s Eyes International Film Festival, organizado pelas Nações Unidas, em Sarasota, na Flórida (EUA). No Brasil, o filme será lançado durante a 10ª Semana José Maria do Tomé, que é realizada desde 2011 na Chapada do Apodi, em Limoeiro do Norte, em referência ao líder comunitário que foi assassinado com 19 tiros, em 2010, por ser combatente contra o abuso de agrotóxicos na região. A referida semana, que neste ano será entre os dias 20 e 24 de abril de 2020, faz parte do calendário oficial do Estado.
Realizadores do documentário
Waleska Santiago é cearense, jornalista, documentarista, atualmente residente em Los Angeles (EUA). Ela tem bacharelado em jornalismo pela Universidade de Fortaleza (Unifor) e mestrado em Mídia para Justiça Social pela Woodbury University (Los Angeles). Seu trabalho fotográfico ganhou prêmios e reconhecimento global. Morando em Los Angeles, aprofundou seu interesse por documentários. Seus últimos trabalhos são: “Do No Harm: The Opioid Epidemic” (2017), “Backfired: When VW Lied to America” (2018) , “Our Kids: Narrowing The Opportunity Gap” (2019) e “Ave’s America” (2020).
Melquíades Júnior é cearense, jornalista, documentarista, com mais de 20 prêmios nacionais e internacionais de jornalismo, autor da série de reportagem “Viúvas do Veneno”, editada por Maristela Crispim, publicada em 2013. O trabalho obteve reconhecimento nacional por diferentes instituições, incluindo a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), além de ser importante fonte de pesquisa por pessoas interessadas em conhecer a problemática dos agrotóxicos no Brasil e no Ceará.
Martin Thiel é californiano, jornalista, documentarista, atualmente reside em Los Angeles (EUA). Martin tem bacharelado em Art Studio e Espanhol pela Puget Sound University. Ele é apaixonado por criar todos tipos de mídias, atuou em peças teatrais, produziu vídeos curtos e é especializado em produção musical. Seus últimos trabalhos são: “Do No Harm: The Opioid Epidemic” (2017), “Backfired: When VW Lied to America” (2018) , “Our Kids: Narrowing The Opportunity Gap” (2019) e “Ave’s America” (2020).
Brady Hallongren é um editor de cinema americano residente em Los Angeles, conhecido por seu trabalho em “Halloweed” (2016), “Comfort” (2016) e “The Strange Thing About the Johnsons” (2011). Ele nasceu em Hinsdale, Illinois, fez sua gradução na Southern Illinois University Film School e mestrado em edição de filme na American Film Institute Conservatory (AFI). Brady começou sua carreira trabalhando com filmes de 35mm, criando títulos óticos para abertura e fechamento dos filmes, como as Narc (2002) and Elvira’s Haunted Hills (2001). Ele se especializou em pós-produção alguns anos antes de iniciar sua carreira como editor de filmes. Brady Hallongren é produtor e pós-produção coordenador para “Doce Veneno” (Sweet Poison).
Trailer: vimeo.com/146606311
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