O Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), implementou um novo produto de detecção de incêndios ativos com dados fornecidos pelo Sistema Global de Assimilação de Incêndio da Copernicus (GFAS).
Segundo o professor da Ufal Humberto Barbosa, o mapa de incêndios ativos representa a radiação térmica estimada por meio de imagens de satélites, detectadas como provenientes da queima ativa da vegetação e de outros incêndios. É expresso como a média diária das observações de Potência Radiativa ao Fogo (FRP), feitas em células da grade de 125 Km e expressa em unidades de [mW/m2].
Esse sistema de detecção de incêndios estará integrado às linhas de transmissão de energia elétrica, uma vez que as queimadas geralmente afetam e provocam interrupções no fornecimento de energia elétrica em determinadas localidades, causando prejuízos a empresas e à população. É uma forma de contribuir com avisos para companhias elétricas, em casos de apagões.
A expectativa é de que o novo produto esteja disponível para os usuários do Lapis neste início de janeiro de 2020. Historicamente, o período de poucas chuvas e vegetação mais seca propicia o uso e a propagação do fogo.
Desde 2006, o Lapis implantou o sistema EUMETCast, na Ufal, como a primeira instituição de ensino superior no País a recepcionar dados e produtos de satélites. Por utilizar comunicação via satélite, com maior confiabilidade e eficiência, o sistema não depende da internet, o que torna possível levar os dados ambientais até mesmo a locais onde a cobertura da internet é nula ou limitada.
Toda a tecnologia, conhecimento e manutenção do sistema EUMETCast são mantidos pelo Lapis, do Instituto de Ciências Atmosféricas (Icat) da Ufal.
Detalhes dessa história são contados no Livro fruto de pesquisas do Lapis “Sistema EUMETCast: Uma Abordagem Aplicada Dos Satélites Meteosat De Segunda Geração”, disponível para venda neste link.