Precisamos conhecer, entender, apoiar e dar visibilidade aos povos indígenas

Essas fotos, de uma exposição com os Tremembé da Barra do Mundaú, em Itapipoca, foram gentilmente cedidas pelo autor | Fotos: Marcos Vieira

Por Taci Morais
Colaboradora

Promover a Semana Indígena da Eco Nordeste foi muito mais do que ampliar a visibilidade das ações da juventude indígena. Foi fazer parte da luta, apoiar ações e projetos desses povos, além de contribuir para o avanço das conquistas públicas e de reconhecimento. Quando nos permitimos adentrar na cultura deles, começamos a descobrir um mundo completamente diferente daquele que tivemos acesso na escola.

Dialogar e entender a luta desses povos é acreditar que é possível caminhar com eles na conquista do que defendem. Essa Semana Indígena permitiu que muitas pessoas conhecessem um pouco da culinária, dos projetos, da rotina de rituais sagrados, e, principalmente, da nova geração que está aí para dar continuidade à história de seus ancestrais.

Na conversa ao vivo de quinta (15), fiquei emocionada com o inicio da apresentação do Gleidson Kwarasi Ywak, liderança jovem Anacé, de Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), ativista do movimento indígena e estudantil, iniciou a fala com sua língua nativa. Em seguida, a fala de Luan de Castro, comunicador indígena Tremembé de da Barra de Mundaú, orgulhosamente convidou os jovens indígenas a valorizar suas origens e seguirem na luta pela conservação da terra e dos direitos básicos.

É encantador como eles defendem com orgulho cada elemento que faz parte da sua essência. É dessa forma que a gente quer continuar apoiando, ouvindo e compreendendo o real motivo de toda a resistência dos povos indígenas, não só do Ceará e do Nordeste, mas do Brasil.

É com este sentimento de gratidão que encerramos a Semana Indígena, neste Dia do Índio, 19 de abril. Toda essa trajetória que foi feita durante uma semana nas redes sociais da Eco Nordeste é finalizado com este belo ensaio fotográfico de Marcos Vieira, professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), sobre os costumes dos Tremembé da Barra do Mundaú.

Ressaltamos que estamos sempre à disposição para dar visibilidade aos assuntos relacionados aos povos indígenas para manter a sociedade civil informada.

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