Por Alice Sales
Colaboradora

Uma equipe da Marinha do Brasil esteve no local para uma vistoria e constatou que não se trata do petróleo cru que se alastra no litoral nordestino

Acaraú-CE. Uma mancha de óleo encontrada, na manhã dessa quarta-feira (23), na Praia da Volta do Rio, no município de Acaraú, Litoral Oeste do Ceará, gerou preocupação entre os locais, que acreditavam se tratar do petróleo cru que se alastra pelas praias do Nordeste nos últimos dias . No entanto, o óleo não é a mesma  substância, mas resultado do despejo ilegal feito a partir de uma embarcação de pesca da região.

O ocorrido gerou uma movimentação por parte do Projeto Tamar em Itarema, por essa ser  uma área muito importante para conservação de tartarugas marinhas,  sendo, inclusive, local de alimentação desses animais. “Esse é um problema grave para a conservação marinha, uma vez que esse óleo é incorporado por vários organismos e acaba prejudicando toda a cadeia alimentar”, destaca Eduardo Lima, coordenador do Projeto Tamar no Ceará.

Uma equipe da Marinha do Brasil esteve no local para uma vistoria e constatou que não se trata do petróleo cru que se alastra no litoral nordestino. “Esse óleo encontrado aqui não é uma substância espessa, é como uma borra. Ficamos muito preocupados e descobrimos que a causa foi o derramamento por parte de um barco pesqueiro. Sabemos que nessa região  é comum que durante o processo de troca de óleo do motor do barco a substância queimada seja descartada no mar”, enfatiza Lima. Segundo o coordenador do Tamar, o pescador responsável pela embarcação alega que a substância caiu acidentalmente do barco.

Com o avanço da maré, o óleo acabou sendo espalhado ao longo da praia, virando  manchas na areia. Segundo a coordenação do Projeto Tamar, tanto as praias de Acaraú, como as do município de Itarema, no Litoral Oeste do Estado, estão sendo monitoradas diariamente para conter situações como essa. “Como são animais migratórios, que vêm de diversas partes do mundo, temos a consciência de que se óleo atingir essa área onde trabalhamos, teremos uma tragédia imensurável de animais encalhando na região”, resumiu Eduardo.

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