Mulher jovem, branca, vestida com roupas de trilha, mochila e boné, encostada às raízes de uma grande árvore
A jornalista Camila Aguiar em campo, na Reserva Natural Serra das Almas, Crateús (CE) | Foto: Ariel Gomes

A 17ª edição do Edital de microbolsas da Agência Pública, lançado em parceria com a Conectas Direitos Humanos, recebeu 71 inscrições de todo o Brasil com propostas de reportagens investigativas sobre Energia e Crise climática, com foco nos impactos socioambientais da produção de energia no Brasil.

A Agência Pública divulgou, neste dia 11 de abril, as quatro propostas que irão receber uma bolsa de R$ 8 mil e mentoria para a produção das reportagens. Segundo a organização de Jornalismo Independente, o edital buscou “principalmente pautas que joguem luz à necessidade de fazer uma transição energética justa e comprometida com o enfrentamento do racismo ambiental”. As reportagens devem ser publicadas até julho de 2023.

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A proposta partiu de alguns questionamentos:

  • Se, no Brasil, a maior parte de nossas fontes de energia são renováveis, mas a cadeia de produção é perpetrada por violações de direitos humanos, essa energia é realmente “limpa”?
  • As comunidades que têm sua vida afetada pela construção de hidrelétricas ou parques eólicos têm o mesmo acesso à energia que os grandes centros do País?
  • A transição energética é justa para os trabalhadores da indústria de combustíveis fósseis?
  • Os grupos impactados por novos projetos energéticos são ouvidos e consultados pelas instituições que as financiam, aprovam e implementam?

A seleção das reportagens teve como foco a busca por pautas que partissem do ponto de vista da população e da defesa dos direitos humanos. Foram analisados critérios como consistência na pré-apuração, originalidade e relevância da pauta, experiência do repórter e capacidade de realizar reportagens de forma independente, segurança e viabilidade da investigação e recursos e métodos jornalísticos a serem utilizados.

Uma das propostas selecionadas foi a da jornalista cearense Camila Aguiar, colaboradora da Eco Nordeste. “É a primeira vez que me inscrevo em um edital deste tipo e fiquei bastante surpresa e eufórica ao saber que fui selecionada. Estou empolgada para começar a produção e feliz em poder me colocar à serviço da luta por justiça ambiental por meio do meu trabalho como jornalista”, comenta.

Camila é jornalista e mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Ceará (UFC), com trajetória acadêmica e profissional focada em meio ambiente, especialmente em justiça ambiental. No momento, atua como coordenadora em uma produtora audiovisual (Barong) e é colaboradora voluntária na Eco Nordeste. Produz conteúdos sobre projetos socioambientais de conservação da biodiversidade, convivência com o Semiárido, tecnologias sociais, agrofloresta, Agroecologia, Permacultura, saberes tradicionais e justiça ambiental.

Repórteres selecionados

– Camila Aguiar de Oliveira Lopes
– Étore Medeiros e Iano Flávio Maia
– Jefferson Klein e Tatiana Gappmayer
– Priscila de Souza Viana e Díjna Torres

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