Por Alice Sales
Colaboradora

A tartaruga-oliva é uma das cinco que ocorre no litoral brasileiro | Foto: Projeto Tamar

Fortaleza – CE. A Agência Eco Nordeste conversa, na tarde desta quarta-feira (24), com o biólogo Fabio Lira, do Projeto Tamar em Sergipe. A apresentação é da jornalista e editora geral da Eco Nordeste, Maristela Crispim. A conversa, sobre a conservação das tartarugas marinhas será pelo Instagram da Eco Nordeste (@agenciaeconordeste) e pelo do Projeto Tamar (@projeto_tamar_oficial), a partir das 16h.

O Projeto Tamar começou em 1980 a proteger as tartarugas marinhas no Brasil. A Petrobras é a patrocinadora oficial do Tamar, por meio do Programa Petrobras Socioambiental. A Fundação Pró-Tamar é a principal executora das ações do Plano Nacional de Ação para a Conservação (PAN) das Tartarugas Marinhas no Brasil, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) / Ministério do Meio Ambiente (MMA).

O Tamar trabalha na pesquisa, proteção e manejo das cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no País, todas ameaçadas de extinção: tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta), tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata), tartaruga-verde (Chelonia mydas), tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea) e tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea).

Reconhecido internacionalmente como uma das mais bem-sucedidas experiências de conservação marinha do mundo, seu trabalho socioambiental, desenvolvido com as comunidades costeiras, serve de modelo para outros países. Protege áreas de alimentação, desova, crescimento e descanso das tartarugas marinhas, no litoral e ilhas oceânicas dos estados da Bahia, Sergipe, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina.

Ameaças à sobrevivência das cinco espécies

As atividades humanas provocam impactos em todos os estágios do ciclo de vida das tartarugas marinhas, desde a perda de áreas de desova e dos habitats até a mortalidade na costa e em alto mar. Redes de pesca, anzóis, degradação de áreas de desova, fotopoluição e a poluição dos oceanos, além das Mudanças Climáticas, são os principais inimigos das tartarugas e podem interromper a chance de recuperação das cinco espécies que ocorrem em nosso País.

Centros de Visitantes e lojas

Nas regiões litorâneas com potencial turístico, o Tamar mantém Centros de Visitantes e lojas que fazem parte do programa de conservação das tartarugas e ajudam a promover autossustentação do Projeto e das comunidades que apoiam o trabalho de pesquisa e proteção desde o início. Os produtos artesanais são feitos por filhas e mulheres de pescadores como alternativas de renda e escoados por meio das lojas nos Centros de Visitantes.

Os Centros de Visitantes funcionam como núcleos de pesquisa e divulgação da vida marinha, de sensibilização e Educação Ambiental, lazer e serviços, além de gerar oportunidades de trabalho. Têm tanques e aquários, painéis informativos, réplicas de tartaruga marinha em tamanho natural e silhuetas, espaços para exposições, palestras e exibição de vídeos, restaurantes e lojas para venda de produtos exclusivos. Há programas de visitas orientadas para escolas do ensino fundamental, médio e universidades.

Fábio Lira

Fabio Lira é biólogo, mestre em Ecologia Aplicada à Gestão Ambiental pela UFBA e atua nas atividades de pesquisa e conservação das tartarugas marinhas da Regional Sergipe do Tamar

Fábio Lira é biólogo formado pela Universidade Federal de Sergipe (UFSE), mestre em Ecologia Aplicada à Gestão Ambiental pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Cresceu no município de Pirambu (SE), praia atualmente com maior densidade reprodutiva da tartaruga-oliva no Brasil. Quando criança, participou de diversas atividades de sensibilização e Educação Ambiental desenvolvidas na comunidade. Passou a integrar a equipe do Projeto Tamar aos 18 anos.

Hoje, atua diretamente nas atividades de pesquisa e conservação das tartarugas marinhas da Regional Sergipe, além das campanhas com envolvimento comunitário, ministrando palestras para diferentes públicos, representação institucional em diversos eventos, pesquisas nacionais e internacionais e atividades em escolas localizadas no entorno das bases de pesquisa do Estado.

Maristela Crispim

Jornalista formada pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente (Prodema/UFC),  Maristela Crispim conquistou 45 premiações jornalísticas locais, nacionais e internacionais.

Na bagagem traz, ainda, 24 anos de atuação como repórter, redatora, editora, colunista e blogueira do jornal Diário do Nordeste, além de ser professora de Comunicação Ambiental na Pós-Graduação da Universidade de Fortaleza (Unifor).

Coordenou, em 2019, a primeira Virada Sustentável na cidade de Fortaleza, evento que realizou 194 ações de Cultura e Sustentabilidade, sob o eixo dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), em 28 locais de Fortaleza.

Serviço

O que: Conversa sobre tartarugas marinhas
Quando: 24 de junho de 2020 / 16h
Onde: Instagram – @agenciaeconordeste / @projeto_tamar_oficial

www.tamar.org.br
centrodevisitantes@tamar.org.br
www.facebook.com/ProjetoTamar
www.instagram.com/projeto_tamar_oficial
www.youtube.com/TVTamar

Sem Comentários ainda

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Pular para o conteúdo