Por Taci Morais
Colaboradora

A literatura indígena é rica e repleta de significados. Nos últimos anos, quantos livros escritos por indígenas você já incluiu na sua lista? Opções não faltam. Sejam impressas ou on-line, vale a pena conhecer um pouco sobre como são desenvolvidas as histórias que envolvem o universo na perspectiva de um original historiador.

Valorizar a literatura indígena é contribuir para a continuação de hábitos e costumes que fazem parte de mundos imaginários e encantadores. Com histórias que fazem parte da cultura e realidade que vivem, é uma forma de esses escritores darem continuidade a personagens criados do imaginário indígena. Reverberam dentro dos costumes histórias tão peculiares que salta a curiosidade sobre a veracidade daquele encanto ou dificuldade de acesso e luta a cada parágrafo lido.

Dando continuidade à Semana Indígena, destacamos cinco livros que retratam cultura e resistência por meio da escrita.

Guerreiras (M’baima miliguapy): mulheres indígenas na cidade / mulheres indígenas da aldeia
Aline Rochedo Pachamama (Churiah Puri)
O livro apresenta informações sobre a respectiva etnia, priorizando a oralidade e a memória, amparado por bibliografia específica. Inclui, além de dados estatísticos, peculiaridades de cada povo, com ênfase nas subseções “lutas e conquistas” e “atuação da mulher na etnia”.

Nós – uma antologia da literatura indígena
Mebengôkre Kayapó, Saterê-Mawé, Maraguá, Pirá-Tapuya Waíkhana, Balatiponé Umutina, Desana, Guarani Mbyá, Krenak e Kurâ Bakairi
Tratando dos mais diversos temas ― dos mitos de origem às histórias de amor impossível ―, as narrativas conduzem o leitor por situações e desenlaces muito próprios, sempre acompanhadas por um glossário e um texto informativo sobre o povo indígena de origem de cada autor.

No tempo do verão: um dia na aldeia Ashaninka
A coleção Um Dia na Aldeia traz um olhar autêntico e contemporâneo sobre diferentes povos indígenas ao possibilitar que eles mesmos contem suas histórias. Cada livro, em edição bilíngue, vem acompanhado do filme que o inspirou, feito por cineastas indígenas ou com a sua colaboração. Você pode assistir aos filmes antes ou depois da leitura, mas o convite é sempre o mesmo: desfrutar um dia na aldeia de um povo indígena no Brasil.

A queda do céu – palavras de um xamã Yanomami
Davi Kopenawa
Um grande xamã e porta-voz dos Yanomami oferece, neste livro, um relato excepcional e, ao mesmo tempo, um testemunho autobiográfico, manifesto xamânico e libelo contra a destruição da Floresta Amazônica.

O lugar do saber ancestral
Márcia Kambeba
Obra composta por uma poesia fluida, dinâmica e prazerosa para todos. Aqui, leitoras e leitores são convidados a uma viagem ao universo amazônico, diretamente ao coração daquele lugar que representa o foco de toda educação, toda a vida, toda a aprendizagem dos indígenas: a comunidade.

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