Felizmente, no Nordeste, há comunidades tradicionais, ONGs e governos que desenvolvem ações de mobilização com vistas à Sustentabilidade | Foto: ASA Brasil

O mês de junho começa e, com ele, há quem dedique uma semana e até um mês a programações envolvendo a área ambiental. O Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, foi criado pela Assembleia Geral das Nações Unidas em dezembro de 1972, na  Conferência de Estocolmo, na Suécia, que teve como tema central o Ambiente Humano.

Dando um salto de 20 anos, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, a Eco-92 ou Rio 92, deu um salto significativo rumo a uma convivência pacífica com o Planeta, nossa grande e generosa casa. Infelizmente, desde 2019, o Brasil vem retrocedendo de país protagonista em relação à conservação ambiental a um de seus maiores algozes e não podemos ficar paradEs.

Todos os anos, neste dia, diversos governos e organizações da sociedade lançam manifestos e tomam medidas para relembrar as pessoas da necessidade da conservação do equilíbrio ambiental, inclusive para a nossa qualidade de vida. Aos poucos, o setor privado também foi criando as suas próprias formas de lidar com a data.

Uma pena que nem sempre a Sustentabilidade faça realmente parte do dia a dia de todEs. Num mundo ideal, seria um modo de vida, de produção, que considera o equilíbrio entre o ambiente, as pessoas e o desenvolvimento.

Por falar nisso, desde 2015, nós avançamos do clássico tripé do Desenvolvimento Sustentável – social, ambiental, financeiro – para um conjunto de metas proposto para 2030 nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), um guia para pessoas, governos e empresas caminharem rumo a um mundo mais justo.

Infelizmente, há mais “greenwashing“, ou seja, a propagação de virtudes ambientalistas por meio de técnicas de marketing e relações públicas, que mudanças de atitudes verdadeiras. Essas ações, muitas vezes não fazem parte da cultura da organização ou nada mais são que o cumprimento legal obrigatório. Lamentável.

Ser sustentável é trabalhar todas as pontas do negócio de modo a inseri-lo na Economia Circular, ou seja, aquela na qual não há desperdício, em que fornecedores são monitorados, clientes são ouvidos, vizinhança é respeitada, enfim, um caminho traçado até respeitar o equilíbrio ambiental o máximo possível.

No Nordeste do Brasil, há quem busque esta convivência mais saudável com o meio ambiente, há Povos Tradicionais, Organizações Não Governamentais (ONGs), governos que investem em ações para a conservação e estimulam as pessoas a melhorarem suas práticas.

Ato conjunto do Nordeste

O Consórcio Nordeste, que reúne todos os governos da região, realizou um ato conjunto de abertura da Semana do Meio Ambiente, nesse dia 31 de maio, por videoconferência, no qual foi lançado um Plano de Ação Ambiental Integrado e assinado um termo de cooperação técnica com a plataforma MapBiomas.

É importante lembrar que, no Nordeste, embora predomine a Caatinga, temos ainda mais três biomas: Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica. Em alinhamento com os chamados da Organização das Nações Unidas (ONU) pela conservação da Biodiversidade e da restauração dos ecossistemas, o Plano de Ação Ambiental foi apresentado por Pernambuco, que coordena a câmara temática.

O documento foi construído conjuntamente com os órgãos ambientais dos Estados e está dividido em cinco eixos:

  • Boas práticas e ações integradoras
  • Monitoramento, gestão do conhecimento e suporte à tomada de decisões
    Monetização de ativos ambientais
  • Restauração e conservação da biodiversidade do NE
  • Controle e redução dos impactos dos resíduos sólidos

Entre as iniciativas de destaque estão a estruturação de banco de dados e parâmetros de boas práticas ambientais para fins de cooperação técnica entre os Estados; a instalação de observatórios para Zona Costeira e Marinha e para a Caatinga; criação de um plano regional de contingência para incidentes de poluição por óleo na costa; criação de um pacto pela restauração dos ecossistemas do Nordeste; além de ações articuladas de combate ao lixo no mar e a implantação de programa de economia circular para os Resíduos Sólidos. Vale ressaltar ainda a decisão de criar um fundo ambiental do Nordeste, visando à estruturação de operações financeiras com base em ativos ambientais.

Seguem algumas programações que podem ser enriquecedoras e até uma oportunidade para uma mudança de postura ao longo dos próximos dias.

Serviço (Semana do Meio Ambiente)

O que: Semana de Meio Ambiente – ações e debates pela restauração de ecossistemas
Quem: Semas/PE
Quando: Até sábado (5)
Onde: YouTube e Facebook da Semas/PE e CPRH

O que: Junho Verde – Perspectiva de atuação para o ativismo ambiental
Quem: Grupo de Interesse Ambiental (GIA) – Fortaleza – CE
Quando: 01, 07, 14, 21 e 28 de junho – 19h30
Onde: YouTube do GIA

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