Nesta segunda-feira (25), a Capital e a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) receberam águas do Açude Banabuiú. O reservatório localizado no Sertão Central cearense é um dos 69 que tiveram aporte de água (cerca de 744.926 metros cúbicos), de domingo (24) para segunda-feira (25), no Estado, graças ao bons volumes de chuva registrados nos últimos dias.
No total, foram 12 milhões de metros cúbicos de águas recarregados nessas barragens. Com isso, a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) passou a mandar 2,61 metros cúbicos de água por segundo do Banababuiú para o Sistema Metropolitana de Abastecimento, que contempla os açudes Pacajus, Pacoti, Riachão e Gavião – responsáveis pelo abastecimento de toda a RMF.
O envio das águas só foi possível graças à recuperação da Estação de Bombeamento (EB-Banabuiú), em 2017, que capta e bombeia a água de um área não controlada do rio para Fortaleza. As obras custaram R$ 650 mil ao Estado, mesmo com a barragem pertencendo ao Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs). Segundo o presidente da Cogerh, João Lúcio Farias, “essa era uma água que iria para o mar. Mas, desde 2017 recuperamos a Estação de Bombeamento e estávamos prontos para fazer essa adução assim que a água chegasse”.
No entanto, as recargas nos açudes não significa que eles estejam com armazenamentos significativos. Dos 155 açudes monitorados pela Cogerh no Estado, apenas 10 estão com volume acima de 90% e cinco estão sangrando (Cocó, Germinal, Maranguapinho, São José I e Tijuquinha). Além disso 102 estão com volume abaixo de 30% e 12 estão completamente secos. O açude Banabuiú, por exemplo, que recebeu aporte de ontem para hoje, está com apenas 5,77% da sua capacidade. Ele é o terceiro maior do Ceará, atrás do Castanhão (que está com 3,48% de seu volume total) e Orós (com 5,43% de abastecimento).