Seminário nacional destaca povos indígenas do Cariri cearense

Uma referência da região é a  Chapada do Araripe, acidente geográfico e sítio paleontológico na divisa dos estados do Ceará, Pernambuco e Piauí | Foto: Maristela Crispim

Crato – CE. A Universidade Regional do Cariri (Urca) promove, nos dia 9 e 10 de agosto, o I Seminário Nacional Povos Indígenas do Cariri Cearense, em alusão ao Dia Internacional dos Povos Indígenas.

O evento será realizado a partir das 8h da próxima sexta-feira, no Salão de Atos, e contará o Reitor da Urca, professor Francisco do O’ Lima Júnior; o diretor do Geopark Araripe, Nivaldo Soares; e a pró-reitora de Extensão (Proex), professora Sandra Nancy Freire, na mesa de abertura. Em seguida, será realizada a apresentação inicial do Seminário, pelo professor José Patrício Melo, do Departamento de Direito da Instituição; e Thiago Florêncio, do Departamento de História.

O evento, no Cariri, onde há um espaço e uma cultura a serem defendidas e preservadas, é realizado em um momento em que a causa indígena no Brasil vem sendo bastante debatida, em função principalmente da demarcação das terras no País e da invasão por grileiros, com ameaças e mortes.

Após abertura, será realizada a mesa de debate sobre Afirmação Étnica e Organização Comunitária: A presença indígena no Ceará Contemporâneo, com os palestrantes Teka Potiguara, liderança do movimento Potiguatapuia, de Monsenhor Tabosa, no Sertão Central do Ceará; Teresa Kariri, liderança Kariri, de Crateús; Cristina Kariri, liderança Kariri-Crateús; além de outros líderes, como Rosa Kariri e Cacique Pau de Ouro. A mediação será realizada pelo cantor João do Crato.

Artesanato Kariri

O artesanato do Povo Kariri será exposto para comercialização no hall do Salão de Atos, durante o Seminário. Para a parte da tarde, está programado o filme debate Suaçuamussará, que relata a jornada de duas lideranças do povo Tremembé, o cacique João Venança e o pajé Luís Caboco.

Mestres da Cultura do Ceará, eles percorreram 14 comunidades indígenas, mostrando atividades tradicionais desses povos e escutando histórias sobre suas origens e lutas, conforme os organizadores do evento.

Parte da programação será na comunidade de Poço Dantas, em Crato, iniciando às 16h, com oficinas de biojóias na própria comunidade, com o Professor Manoel Leandro, do Grupo Urucongo de Artes e Grafismos Indígenas; Eliana Amorim e Fhernada Veloso, do Grupo de Pesquisa Nzinga, Artes Urca; Danças Circulares dos Cariri: ciranda, coco e roda de samba, Mestre Gilberto (Arte e Tradição); Manoel Leandro (Grupo Urucongo de Artes); e Jean Alex, do Movimento de Arte e Cultura do Sopé e Serra do Araripe (Moacpes). O fim da programação do primeiro dia será encerrado com o Cortejo de Santa Clara e o Forró de Rabeca com os Mestres, a partir das 17h30.

A programação do sábado (10), será realizada a partir das 14h, na Comunidade Poço Dantas, no Crato, com a Roda de Conversa de Poço Dantas a Maratoã: memórias, migrações e a afirmação étnica Kariri no Ceará, com Teka Potiguara, liderança do Movimento Potigatapuia, de Monsenhor Tabosa; Teresa Kariri, liderança Kariri-Crateús; Cristina Kariri, liderança Kariri-Crateús; Rosa Kariri, liderança Kariris-Poço Dantas; e Cacique Pau de Ouro, liderança Kariri-Poço Dantas.

O evento será concluído com oficina de cartografia social, com João Paulo Vieira, do Projeto Historiando e Instituto Cobra Azul; jantar na comunidade e filme / debate sobre Suaçuamussará.

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