Paisagem de praia feita do alto em direção ao mar, com vegetação, areia e rochas. Ao fundo, mar verde e céu azul com nuvens
O Parna de Jericoacoara (CE), com 1,09 milhão de visitações em 2018, só fica atrás do da Tijuca (RJ) e do Iguaçu (PR) | Foto: Alice Sales

Foram 12 milhões de visitações em 2018, número 6% maior que os índices registrados no ano anterior. Estruturação das unidades de conservação federais contribuiu para essa conquista

Em 2018, os Parques Nacionais (Parnas) registraram aumento de 6,15% na visitação, um total de 12,4 milhões de pessoas. Em 2017, foram 10,7 milhões, um recorde para a época. Agora, com os novos dados, este é o segundo recorde consecutivo nos índices de frequência nos parques geridos pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), autarquia do Ministério do Meio Ambiente (MMA).

Com 2,6 milhões de turistas, o campeão de visitação continua sendo o Parque Nacional da Tijuca (RJ). Em segundo lugar, vem o Iguaçu (PR), seguido por Jericoacoara (CE), com, respectivamente, 1,89 milhões e 1,09 milhão de visitações.

Além dos parques nacionais, outras categorias de Unidade de Conservação (UC) também receberam, em 2018, maior número de visitações em relação a 2017. Entre elas, estão a Reserva Extrativista do Arraial do Cabo (RJ), com 1,15 milhões de pessoas, e o Monumento Natural do São Francisco, com mais de 658 mil turistas. Os parques, no entanto, são, de longe, a categoria mais frequentada, concentrado 71% da visitação.

Gráfico do ICMBio com visitas em unidades de conservação (milhões) no anos de 2012 - 5.7, 2013 - 6.4, 2014 - 7.3, 2015 - 8.1,  2017 - 10.7 e 2018 - 12.4

Investimentos e diversificação

Segundo o presidente do ICMBio, Adalberto Eberhard, o aumento da visitação é decorrente do maior interesse das pessoas pelo meio ambiente e por experiências na natureza, mas o trabalho de estruturação das unidades faz toda diferença.

Para ele, a expectativa é de contínuo crescimento da visitação em razão do forte investimento nos parques nacionais, na capacitação das equipes técnicas, na diversificação das oportunidades de recreação e na melhora da infraestrutura, sempre considerando os aspectos de conservação do meio ambiente e o bem-estar do visitante.

“Esse aumento da visitação é muito bom. Ao conhecer um parque a pessoa passa a valorizar a natureza e o trabalho de conservação que é realizado ali e se torna uma aliada da conservação. Mas é importante oferecer boas condições para essa visita”, ressalta Eberhard.

Parcerias e estrutura

O presidente disse, ainda, que o ICMBIo deve colher, nos próximos anos, resultados mais expressivos com o processo de concessão de serviços de uso público, por meio de parcerias com a iniciativa privada para estruturação da visitação. “Acabamos de assinar a concessão do Parque Nacional de Itatiaia, onde serão investidos cerca de R$ 17 milhões”, disse ele, para dar apenas uma ideia desse potencial.

Já o coordenador de Estruturação da Visitação e Ecoturismo do ICMBio, Paulo Faria, destacou outra ação de incentivo à visitação nas UCs, a sinalização e manejo de trilhas. Esse trabalho, segundo ele, proporcionou a prática de uma grande variedade de atividades, como caminhadas, cicloturismo, observação de aves, atividades educativas e atividades aquáticas, apenas para citar as mais populares.

Faria citou como exemplo a Floresta Nacional de Brasília (DF), que ganhou uma rede de trilhas com diversos trajetos, variando entre 6 a 36 quilômetros, desenhados para diferentes públicos.

Benefícios no entorno

De acordo com um estudo realizado pelo ICMBio , em 2017, os visitantes gastaram cerca de R$ 2 bilhões nos municípios do entorno das UCs. Com isso, foram gerados cerca de 80 mil empregos diretos e R$ 2,2 bilhões em renda, além de R$ 3,1 bilhões em valor agregado ao PIB e mais R$ 8,6 bilhões em vendas.

Os resultados, segundo a pesquisa, mostram que, a cada R$ 1 real investido, R$ 7 retornam para a economia local. O ICMBIo divulgará os resultados econômicos da visitação de 2018 no próximo mês.

Fonte: Ascom / MMA

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