Sobral finaliza obras da primeira Central de Tratamento de Resíduos Sólidos do Ceará, que será mantida por um Consórcio de Gestão Integrada

 

Sobral. Localizada na CE-183, nas proximidades da BR-222, a Central de Tratamento de Resíduos (CTR) já está preparada para iniciar as atividades neste 2019. O equipamento faz parte do Consórcio de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos da Região Metropolitana de Sobral (CGIRS-RMS), formado pelos municípios de Alcântaras, Cariré, Coreaú, Forquilha, Frecheirinha, Graça, Groaíras, Massapê, Meruoca, Moraújo, Pacujá, Pires Ferreira, Reriutaba, Santana do Acaraú, Senador Sá e Varjota, sendo Sobral, a sede do Consórcio.

A estrutura, construída pelo governo do Estado, por meio da Secretaria das Cidades (Scidades), conta com um aterro sanitário, equipado com unidades de tratamento de resíduos da construção civil e da saúde, além de um pátio para compostagem. Os municípios consorciados terão acesso a seis estações de transbordo de materiais, o que diminuirá o trajeto até o destino final.

Infraestrutura

Além das etapas de infraestrutura da Central e a criação de Estações de Transbordo de Resíduos Sólidos (ETRs), o Consórcio também prevê a instalação de Centrais Municipais de Reciclagem (MCRs). Outra parte do projeto atenderá a estudos de gestão, planos de gestão integrada, planos de Coleta Seletiva, bolsa-reciclagem, além da criação de um Condomínio Verde.

“Aguardamos agora que a obra, concluída, seja passada pela construtora ao governo do Estado e, posteriormente, ao Consórcio. Já foram iniciadas algumas licitações para a realização de atividades, sem ainda uma data certa para o começo das operações, subdivididas entre os 17 municípios consorciados”, explica Joselito Silveira, secretário executivo do Consórcio de Gestão Integrada, sobre a estrutura que manterá ETRs em municípios da região.

Estações

De acordo com o projeto, a Estação de Transbordo de Resíduos Sólidos (ETR) de Massapê atenderá também aos municípios de Meruoca, Senador Sá e Santana do Acaraú; a de Pacujá receberá os resíduos de Graça, Reriutaba e Pires Ferreira; a ETR de Cariré servirá a Varjota e Groaíras; Forquilha receberá, além dos resíduos de sua sede, os dos distritos da zona leste de Sobral; ficando a ETR de Coreaú, responsável por receber os material de Alcântaras Moraújo e Frecheirinha.

“Tudo isso representa uma grande mudança de postura no que diz respeito ao correto descarte dos resíduos. Há muito, Sobral já não coleta esse material de grandes geradores de lixo. Essas empresas tiveram de criar seu Plano de Gerenciamento de Resíduos (PGR) para, elas mesmas, darem a destinação correta ao que é produzido. Os outros municípios da região também têm trabalhado nesse sentido, dividindo essa responsabilidade com as próprias empresas”, reforça Joselito Silveira.

Números
R$ 39 milhões foi o valor investido em toda a estrutura, financiada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)

A primeira trincheira construída para receber o material enviado à CTR possui 12 hectares, com previsão de atividade por 10 anos

A CTR de Sobral deverá receber cerca de 12 mil toneladas de resíduos por mês

Renda

Além da CTR e das ETRs, o projeto contempla a instalação de CMRs para trabalhar com a parte seca dos resíduos gerados. O material será separado por catadores capacitados para exercer essas funções, atuando por meio de cooperativas, com a perspectiva de geração de emprego e renda.

Segundo a Secretarias das Cidades, em todo o Estado, além da Capital, apenas a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) está em conformidade com a Política Nacional do Resíduos Sólidos (PNRS), por conta a atuação de dois grandes aterros, mas muito há de ser feito, a exemplo de Sobral.

Vale do Jaguaribe

A Lei, sancionada em 2010, determina a forma que o País deve lidar com seus Resíduos Sólidos, além de exigir dos setores públicos e privados transparência no gerenciamento deles. Nesse quesito, a região Norte larga na frente.

“Na sequência do que está sendo feito em Sobral, já temos cerca de 45% das obras concluídas da CTR de Limoeiro do Norte, no Vale do Jaguaribe, que reúne 11 municípios consorciados. A região terá seis ETRs. Também já foram liberadas as licenças para a construção de três CMRs para atender a demanda por geração de emprego e renda nesse setor que tende a muito crescer”, adianta Paulo Henrique Lustosa, secretário das Cidades.

Sem Comentários ainda

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Pular para o conteúdo