Todos os estados do Semiárido brasileiro presentes no V Encontro de Agricultoras e Agricultores Experimentadores (Enae) se fizeram presentes na plenária “Povos Indígenas, Quilombolas e Comunidades Tradicionais“.

Eles trataram de produção agroecológica, anseios e mencionaram a necessidade de uma maior participação noutros encontros. “Só no Ceará, temos 13 etnias indígenas, e são as comunidades com as terras mais preservadas”, declarou Mateus Tremembé.

Entre as conquistas desses povos, foram destacadas na plenária as cisternas, quintais agroecológicos, casas de sementes, políticas públicas para a juventude. Em termos de desafios, foi indicado o enfrenamento ao atual governo diante das posições assumidas até aqui.

“A nossa estratégia é de organização das bases, trabalhar a cultura, a história”, afirmou Mateus Tremembé. Em sua comunidade, especificamente, destacou como conquista a criação do Plano de Gestão Territorial e Ambiental (PGTA).

Aproximadamente 100 famílias vivem no remanescente do Quilombo Barro Branco, que resiste há três gerações, no município de Belo Jardim, em Pernambuco. “Mas o nosso povo não tinha propriedade da história. Isso começou a mudar com o Programa de Cisternas da ASA, em 2002. Daí veio a organização da comunidade como quilombola, reconhecida em 2010 pela Fundação Palmares“, contou a militante social Elaine Lima.

“Nós contamos com parcerias que contribuíram com as discussões, como a Federação dos Quilombolas de Pernambuco, o Coletivo de Mulheres Negras, o Centro Diocesano de Apoio ao Pequeno Produtor (CEDAPP), o que foi fortalecendo e organizando a comunidade”, finalizou.

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