Por Murilo Gitel
Colaborador

Assinam o documento Sergio Bergman (Argentina), Hugo Piccinini (Paraguai), Lorena Garcia (Uruguai) e Roberto Castelo Branco (Brasil)

Ministros do Meio Ambiente do Mercosul se reúnem em Salvador, nesta quinta-feira, durante a Semana do Clima | Foto: Acervo/MMA

Salvador – BA. Os ministros de Meio Ambiente do Mercosul que participam, em Salvador (BA), da Semana Latino-americana e Caribenha sobre Mudança do Clima (Climate Week), divulgaram, nessa quinta-feira (22), uma declaração conjunta de apoio ao evento promovido pela ONU em parceria com a Prefeitura da capital baiana. Na quarta-feira (21) eles participaram da XXIII Reunião dos Ministros do Meio Ambiente do Mercosul.

No texto, destacam que os países da região têm atuado para adaptar e mitigar a mudança do clima, além de contribuir para a redução da temperatura média global. “Um exemplo é o reconhecimento do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) de que a América Latina e o Caribe têm a maior extensão de áreas protegidas do mundo, metade no Brasil”.

Os ministros também reafirmam sua confiança de que a troca de experiências promovida pela Climate Week fortalecerá a Conferência das Partes das Nações Unidas sobre o Clima (COP-25), a ser realizada em dezembro, no Chile, assim como a Cúpula sobre Ação Climática 2019, convocada para setembro pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, paralelamente à Assembleia Geral da ONU.

Leia, a seguir, na íntegra, a Declaração dos Ministros de Meio Ambiente do Mercosul em relação à Semana do Clima da América Latina e do Caribe.

Os Ministros de Meio Ambiente dos Estados Parte do MERCOSUL, reunidos na cidade de Salvador, Estado da Bahia, no dia 21 de agosto de 2019, expressam o seguinte:

1. Declaram seu apoio à Semana do Clima da América Latina e Caribe e agradecem ao Secretariado da UNFCCC e demais parceiros por viabilizarem sua realização.
2. Expressam sua gratidão aos Governos do Brasil e de Salvador por hospedarem a Semana sobre Mudança do Clima, bem como à população da cidade pela hospitalidade.
3. Destacam que os países da região têm atuado para adaptar e mitigar a mudança do clima além da sua contribuição histórica para o aumento da temperatura média global. Um exemplo é o reconhecimento do PNUMA de que a América Latina e Caribe têm a maior extensão de áreas protegidas do mundo, metade no Brasil.
4. Recordam que ações de adaptação aos efeitos adversos da mudança do clima têm sido implementadas pelos países da Região e que esses esforços precisam ser reconhecidos, bem como sua contribuição para a mitigação das emissões de gases de efeito estufa.
5. Registram, para tanto, a necessidade de financiamento para ações de mitigação e adaptação nos países da América Latina e Caribe. E destacam, ainda, o fundamental reconhecimento do papel do setor privado na implementação de ações de enfrentamento da mudança do clima, seja em mitigação ou em adaptação.
6. Manifestam sua convicção de que a Semana do Clima da América Latina e Caribe resultará em relevante troca de experiências em matéria de políticas ambientais contemplando as prioridades ambientais das cidades da região.
7. Reafirmam sua confiança de que essa troca de experiências fortalecerá a COP-25, a ser realizada em dezembro, no Chile, bem como será um importante aporte à Cúpula sobre Ação Climática 2019 convocada pelo Secretário Geral das Nações Unidas,  em setembro próximo, às margens da Assembleia Geral da ONU.

Assinam o documento Sergio Bergman (Argentina), Hugo Piccinini (Paraguai), Lorena Garcia (Uruguai) e Roberto Castelo Branco (Brasil).

A Semana do Clima segue até esta sexta-feira (23), em Salvador. Há a expectativa de que, no encerramento, seja anunciada uma espécie de “Carta de Salvador” com as principais conclusões do evento, a fim de subsidiar as negociações das próximas cúpulas climáticas das Nações Unidas.

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