Jovens se unem ao ‘Fridays For Future’ em Fortaleza

Por Evelyn Ferreira
Colaboradora

Os manifestantes se reuniram na Praça Luiz Távora, em Fortaleza | Foto: Evelyn Ferreira

Fortaleza – CE. Em defesa do meio ambiente e pedindo por ações de políticas públicas favoráveis ao clima, estudantes e representantes de entidades ligadas a movimentos ambientais e sociais se reuniram nessa sexta-feira (20), no ato Fridays For Future em Fortaleza.

A concentração começou a partir das 8h, na Praça Luíza Távora, no bairro Aldeota. Os manifestantes confeccionaram cartazes com frases que pediam o fim do desmatamento e a conscientização para o uso de combustíveis menos poluentes. Na capital cearense, o movimento foi liderado pelo Greenpeace Fortaleza, Instituto Verdeluz, Ceará no Clima e Fridays for Future Ceará.

O movimento nasceu em agosto de 2018 a partir da inquietação da adolescente sueca Greta Thunberg, 16, que usou as sextas-feiras para protestar em frente ao parlamento de seu país, fazendo uma espécie de greve pelo clima. Desde então Greta tornou-se a voz jovem no ativismo ambiental, conquistando adeptos ao redor do mundo.

A estudante de Filosofia cearense Tainara Costa, 20, afirma que sua maior preocupação é pelo futuro das próximas gerações. Ela acredita que ações como separação do lixo para a coleta possam ajudar na preservação ambiental.

Já Vitória Menezes, 22, estudante de Geografia, pensa que as transformações no Planeta precisam partir da sociedade. “Eu quero que tenha, sim, uma mudança na sociedade, na educação ambiental, feita principalmente nas escolas, nas comunidades, em todos os locais para que as pessoas tenham consciência de como isso é importante, de como a gente precisa preservar o meio ambiente, as unidades de conservação, tudo para que a gente não precise viver um futuro apocalíptico”, afirma.

Os participantes demonstraram preocupação com o futuro das novas gerações | Foto: Evelyn Ferreira

O professor Alexandre Araújo Costa, pesquisador em mudanças climáticas há 20 anos, vê o aquecimento do Planeta com preocupação. Para ele, a situação beira o colapso: “na Ciência, hoje, nós chegamos ao consenso de que, de fato, o limite seguro para o aquecimento global é 1,5 º C. Nós já temos temperaturas 1 º C acima do período pré-industrial. Para respeitar esse limite de 1,5 º C, é necessário um esforço mundial de grandes proporções porque as emissões de gases do efeito estufa precisam ser cortadas pela metade até 2030 e chegar à neutralidade de carbono em 2050″.

Confira vídeo:

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