Em 2020, R$ 264,1 milhões foram investidos em operações do FNE Sol, com o qual o BNB financiou projetos de sistemas de micro e minigeração distribuída de energia por fontes renováveis para consumo próprio residencial (pessoa física) ou direcionados a produtores rurais e a empresas (pessoa jurídica) | Foto: pexels/pixabay

Fortaleza – CE. O Banco do Nordeste (BNB) tem se destacado no cenário nacional como importante financiador do Crédito Verde. Somente em 2020,  investiu, nas linhas de financiamento enquadradas nesse âmbito, o total de R$ 5,4 bilhões. O valor corresponde a 20,9% das contratações globais do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), que alcançaram, no exercício, R$ 25,8 bilhões, beneficiando os nove estados do Nordeste, o norte de Minas Gerais e do Espírito Santo.

Entre os produtos oferecidos pelo BNB, estão no conceito de Crédito Verde o Programa de Financiamento à Sustentabilidade Ambiental (FNE Verde), com o crédito para a geração distribuída de energia a partir de fontes renováveis via linha FNE Sol e para diversas outras modalidades de financiamento; o Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf) Bioeconomia, Floresta, Semiárido, Agroecologia; e o Agroamigo Sol.

No âmbito do FNE Verde, voltado para o desenvolvimento de empreendimentos e atividades econômicas que propiciem a preservação, conservação, controle e recuperação do meio ambiente, com foco na sustentabilidade e competitividade das empresas e cadeias produtivas, somente em 2020 as aplicações somaram R$ 5,2 bilhões.

Desse total, R$ 264,1 milhões correspondem a operações do FNE Sol, com o qual o BNB financiou projetos de sistemas de micro e minigeração distribuída de energia por fontes renováveis para consumo próprio residencial (pessoa física) ou direcionados a produtores rurais e a empresas (pessoa jurídica).

Apoio para a geração de energia

“O apoio do Banco do Nordeste no setor de geração distribuída via FNE Sol tem crescido de forma expressiva, já tendo contratado, desde o início do programa, em maio de 2016, mais de 9 mil operações, com aporte de recursos que alcançam R$ 598,2 milhões“, revela o coordenador de Estudos e Pesquisas do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), Francisco Diniz Bezerra.

Desse montante, R$ 398,7 milhões foram destinados a 2.418 operações com pessoas jurídicas e R$ 199,5 milhões a 6.597 operações com pessoas físicas. O valor médio dos financiamentos foi de R$ 164,8 mil para pessoas jurídicas e de R$ 30,2 mil para pessoas físicas.

Em seu estudo “Micro e minigeração distribuída“, publicado no Caderno Setorial Etene, em fevereiro deste ano, Diniz acrescenta que “o Nordeste, com pouco mais de 777 MW (megawatt), participa com 17,7% da potência instalada em geração distribuída no Brasil”.

Ao destacar o Ceará, a Bahia e Pernambuco como as três maiores participações em geração distribuída entre os estados nordestinos, somando 56% do total regional, Diniz chama atenção, ainda, para o fato de que “o avanço da geração distribuída no Brasil dependerá, fundamentalmente, das novas regras a serem implementadas quando da revisão da REN 482/2012“. O pesquisador adianta que “a grande extensão territorial e a expressiva área de telhados em unidades residenciais e comerciais, aliadas ao elevado nível de irradiação solar no Brasil, representam enorme potencial para a geração solar centralizada e distribuída“.

FNE Sol no campo

Voltado para todos os portes de empresas industriais, agroindustriais, comerciais e de prestação de serviços, produtores rurais e empresas rurais, cooperativas de produtores rurais e associações, o FNE Sol para Empresas e Produtores Rurais investiu R$ 8,0 milhões no primeiro trimestre deste ano investiu R$ 8,0 milhões no primeiro trimestre deste ano.

A linha financia todos os componentes dos sistemas de micro e minigeração de energia elétrica fotovoltaica, eólica, de biomassa ou pequenas centrais de hidroelétricas, assim como sua instalação, e oferece prazo de até 12 anos, com carência de até 6 meses.

BNB se diz preparado a oferecer financiamento rápido e barato, beneficiando todos os setores e segmentos em energia sustentável. Em microcrédito, por exemplo, as operações contratadas no âmbito do Agroamigo Sol totalizaram, nos três primeiros meses de 2021, R$ 754,8 mil, correspondendo a 160 operações.

Essa linha beneficia agricultores familiares que utilizam a metodologia do Agroamigo, programa de microfinança rural do Banco do Nordeste, com financiamentos até R$ 20 mil, garantindo-lhes acesso à implantação de micro e minigeração de energia solar e de outras fontes renováveis. O resultado é que os produtores rurais ganham maior competitividade e oportunidade de economia na conta de energia, além de ajudar na preservação do meio ambiente.

Entre os avanços que os agricultores familiares podem implementar com energia solar, incluem-se a iluminação e o acionamento de eletrodomésticos, bombeamento de água, sistemas de irrigação, dessalinização e eletrificação de cercas.

Fonte: Banco do Nordeste

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