A Barragem do Cocó, localizada em Fortaleza, começou a sangrar na manhã deste domingo. Inaugurada em junho de 2017, perto da Avenida Val Paraíso, no Conjunto Palmeiras, em Fortaleza, ela visa reter o excedente de água nos períodos chuvosos, realizando o controle de vazão do rio para evitar alagamentos.
Com a sangria da barragem, diversos moradores de bairros ribeirinhos enfrentaram transtornos durante o domingo (24). Projetada para funcionar com as três comportas abertas, a barragem tem capacidade máxima de acúmulo de 6,4 milhões de metros cúbicos de água.
De acordo com os dados da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), que monitora 155 açudes no Estado do Ceará, com ela e os açudes São José I (Boa Viagem), Germinal (Palmácia) Maranguapinho (Maranguape) e Tijuquinha (Baturité), já são cinco reservatórios sangrando no Ceará. Além deles, há mais três acima dos 90%: Jenipapo (Meruoca), com 92.48%; São Vicente (Santana do Acaraú), 90.83%; e Itaúna (Granja), 90.19%.
Sem aporte significativo
Essas sangrias, no entanto, não representam aporte significativo nos açudes monitorados pela Cogerh. No momento há ainda 103 reservatórios com a capacidade abaixo dos 30%, dentre eles os três maiores: Castanhão (3.49%); Orós (5.39%) e Banabuiú (5.49%). Além disso, 10 açudes ainda estão completamente secos.
Segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), Choveu em 122 municípios entre 7h de sábado (23) e 7h de domingo (24). A maior precipitação foi registrada em Pacatuba, na Refião Metropolitana de Fortaleza (RMF), 121.3 mm. A segunda maior precipitação, 120.3 mm, foi na Capital, a maior do ano na Cidade. Até o dia 23 de fevereiro, choveu 22.5% acima da média, ou seja, foram registrados 145.4 mm quando a média do mês é de 118.6 mm.
Fontes: Funceme / Portal Hidrológico do Ceará