A praticidade do material guia o leitor a diversos estágios do cultivo da palma, como o plantio, adubação, consórcio e subirrigação, entre outros, acompanhados de imagens para facilitar a compreensão | Foto: Maristela Crispim

Frei Martinho – PB. O Instituto Nacional do Semiárido (Insa), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) acaba de lançar a cartilha “Palma Forrageira: plantio e manejo”. A palma forrageira (Opuntia sp.) é uma planta que se adapta facilmente às condições do Semiárido, apesar da variação de climas, solos e relevos do bioma. Seu uso é diverso, sendo considerada uma alternativa eficaz para manutenção da pecuária – como fonte de alimento e água para os ruminantes. Assim, sua relevância se estende diretamente aos campos econômico, social e ambiental.

Historicamente, ela era vista como uma planta resistente e rústica, e que por isso não necessitava de maiores cuidados. Por isso, os agricultores geralmente reservavam as áreas menos férteis da propriedade para o seu plantio. Contudo, com o passar do tempo, esta visão que a excluía do que era considerada cultura agrícola, vem aos poucos sendo extinta, e o seu manejo seguindo um tratamento mais adequado.

Com intuito de conscientizar a população sobre a importância da palma forrageira para a manutenção do equilíbrio ecossistêmico, os pesquisadores Jucilene Araújo, Daniel Duarte, Elder Cunha, Evaldo Félix, Thyago Aires e Washington Benevenuto, do Núcleo de Produção Vegetal do Insa idealizaram e produziram a cartilha “Palma Forrageira: plantio e manejo”.

Com informações precisas e detalhadas, linguagem clara e dinâmica, resultantes de pesquisas científicas, é de grande utilidade tanto para agricultores e agricultoras que têm contato diário com a planta, quanto para estudantes das ciências agrárias, técnicos e técnicas que prestam assistência na região do Semiárido. A praticidade do material guia o leitor a diversos estágios do cultivo da palma, como o plantio, adubação, consórcio e subirrigação, entre outros, acompanhados de imagens para facilitar a compreensão.

Segundo a pesquisadora do Núcleo de Produção Vegetal, Jucilene Araújo, a ideia de produzir a cartilha veio da necessidade que o núcleo tinha desde que começou a realizar pesquisas com variedades resistentes à cochonilha-do-carmim, de criar um material próprio que reunisse informações sobre a cactácea para a sociedade.

A primeira edição foi lançada na última sexta-feira (31), na cidade de Frei Martinho (PB), em um dia de campo organizado pelo Insa por meio dos Núcleos de Produção Animal, Vegetal e Recursos Hídricos; e a Prefeitura, com o apoio do Banco do Nordeste (BNB) e da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep-MG).

Na ocasião, foram distribuídos para os agricultores presentes, raquetes-sementes da palma forrageira resistente à praga cochonilha-do-carmim irrigada com a água tratada de esgoto, juntamente com aproximadamente 150 exemplares da cartilha.

Fonte: Insa/MCTIC

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