Embora as chuvas estejam acima da media de forma geral, há municípios com baixíssima precipitação e a média geral de reserva nos açudes não teve alteração | Foto: Maristela Crispim

As chuvas registradas nos 19 primeiros dias de fevereiro, no Estado, já ultrapassaram a média do mês em 6.6%. A média histórica do mês inteiro é de 118.6 mm e já foram registrados pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) 126.4 mm.

Mas isso não significa que esteja chovendo bem em todos os municípios do Estado. Enquanto Jijoca de Jericoaroara, no Litoral Norte, registrou 320 mm nestes 19 dias, 116.1% acima da média do Município, que é 148.1 mm; em Cariús, no Cariri, até o momento choveu -78.2% em relação à média, que é de 151.7 mm, ou seja, choveu apenas 33.1 mm.

Fevereiro é o primeiro mês da quadra chuvosa do Ceará, que vai até maio. No dia 18 de janeiro, a Funceme anunciou o prognóstico para o período de fevereiro a abril, destacando 30% de probabilidade de chuvas acima da média, 40% de chuva em torno da média e 30% de chuvas abaixo da média.

Situação dos reservatórios

O mais recente mapa do Monitor de Secas apontou que, em janeiro, o Ceará apresentava 42,03% do seu território sem seca relativa. O dado é o mais positivo desde o início do processo de acompanhamento regular e periódico da situação da seca na região Nordeste, em julho de 2014.

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Chuvas de Pré-Estação aumentam área sem seca relativa

Mas essa amenização no quadro geral de seca diz respeito ao esverdeamento da vegetação, que se dá logo que as primeiras chuvas molham o solo. Para haver recarga nos reservatórios que abastecem o Estado, é necessário o encharcamento e o aumento do escoamento pelos rios que alimentam essas barragens.

A reserva geral dos 155 reservatórios monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) ainda é de 10.6%, embora sete reservatórios estejam acima de 90% e três se encontrem sangrando: São José I (Boa Viagem), Germinal (Palmácia) e Tijuquinha (Baturité).

A realidade é que os maiores açudes do Ceará ainda estão com a reserva bem baixa e demoram muito para pegar carga. O maior deles, Castanhão, está com apenas 3,5% da capacidade. O segundo, Orós, com 5,36%; e o terceiro, Arrojado Lisboa (Banabuiú), com 5,44%.

Fontes: Funceme e Portal Hidrológico do Ceará

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