Em 2009, a Assembléia Geral das Nações Unidas proclamou o dia 22 de abril como o Dia Internacional da Mãe Terra | Imagem: PIRO4D

Por Alice Sales
Colaboradora

A ONG Instituto Verdeluz, representada pela professora e ativista cearense Isadora França, participará de uma conferência promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU), que será realizada em Nova York (EUA), neste 22 de abril, Dia da Terra. O “Diálogo Interativo da Assembleia Geral sobre Harmonia com a Natureza” é um evento que reúne cientistas, especialistas e ativistas representantes de ONGs para a troca de conhecimentos sobre temáticas relacionadas ao meio ambiente. Neste ano, a conferência, em sua nona edição, faz parte da comemoração do 10° Dia Internacional da Mãe Terra nas Nações Unidas, com o tema “Abordagem da Mãe Terra na Implementação da Educação e Mudança Climática”.

Ativista em causas ambientais desde 2017, quando entrou para o programa de voluntariado do Instituto Verdeluz, Isadora França comenta sobre suas expectativas para o evento: “me sinto afortunada por ter a oportunidade de participar de uma conferência com essa relevância. Será uma experiência de muito valor por ter acesso à novas informações vindas de especialistas no momento crítico em que estamos vivendo. Espero que a participação nesse evento me traga ainda mais motivações para buscar mudanças”.

A conferência propõe discussões acerca das contribuições da Harmonia com a Natureza para garantir uma educação inclusiva que resulte em medidas urgentes a fim de combater as alterações climáticas e os seus impactos. Além disso, a ideia é inspirar os cidadãos e as sociedades a repensarem sobre a forma como interagem com a natureza no contexto de Desenvolvimento Sustentável, erradicação da pobreza e Mudanças Climáticas. As discussões do evento serão divididas em dois principais eixos temáticos:

  • “Educação em Harmonia com a Natureza”
  • “Ação Climática em Harmonia com a Natureza”

Dia Internacional da Mãe Terra

Em 2009, a Assembléia Geral das Nações Unidas proclamou o dia 22 de abril como o Dia Internacional da Mãe Terra. Com isso, os Estados-Membros reconheceram que a Terra e os seus ecossistemas são o nosso lar comum e que é necessário promover a Harmonia com a Natureza para alcançar um justo equilíbrio entre as necessidades econômicas, sociais e ambientais do presente e do futuro. No mesmo ano, a Assembléia Geral adotou sua primeira resolução sobre Harmonia com a Natureza.

A perda de Biodiversidade, a Desertificação, as Mudanças Climáticas e a interrupção de vários ciclos naturais estão entre os custos de nosso desrespeito pela Terra e pela integridade de seus ecossistemas e processos de suporte à vida. A fim de atender às necessidades básicas de uma população crescente dentro dos limites dos recursos finitos do nosso planeta, é necessário elaborar um modelo mais sustentável para a produção, o consumo e a economia como um todo.

Desde 2009, o objetivo da Assembléia Geral, ao adotar suas nove resoluções sobre Harmonia com a Natureza, foi definir essa nova relação baseada em uma interação não antropocêntrica com o meio ambiente. As resoluções contêm diferentes perspectivas sobre a construção de um novo paradigma não antropocêntrico em que a base fundamental para a ação correta e equivocada em relação ao meio ambiente é fundamentada não apenas em preocupações humanas. Um passo nessa direção foi reafirmado no documento final da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, criado em 2012, intitulado como “O futuro que queremos“.

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