O volume armazenado nos açudes do Ceará depende das chuvas de 2019 ou da chegada das águas da Transposição do São Francisco para a garantia da segurança hídrica da população
A Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) monitora 155 reservatórios no Estado do Ceará que, no momento, acumulam 10,9% da capacidade total de armazenamento, situação ligeiramente mais confortável que a de 2017, quando acumulava 7,2% no mesmo período do ano. Isso na análise dos números globais.
Se considerarmos situações específicas, no entanto, algumas regiões estão em condição pior que no ano passado, dada a distribuição aleatória das chuvas no tempo e no espaço e o correspondente acúmulo de água nos açudes, que vem caindo progressivamente desde o ano de 2012.
Para entender essa irregularidade, em 2018 o Ceará teve sete municípios com chuvas mais de 50% acima da média histórica, com destaque para Ibiapina (89,9%); Granja (89,7%); e Mauriti (80,7%). Por outro lado, cinco municípios tiveram precipitações abaixo de 30% da média histórica, sendo os menores desvios Croatá (-44,6%) e Mulungu (-40,5%). Os dados são da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).
Os gestores hídricos locais aguardam, ao mesmo tempo, chuvas mais significativas em 2019 e a água do Projeto de Transposição do Rio São Francisco, prometida, da última vez, pelo Ministério da Integração Nacional, para o finzinho deste 2018.
Enquanto nem um nem o outro acontecem, hoje só há um reservatório acumulando mais de 90% da sua capacidade, o Jenipapo, com 90,97%. Ele fica em Meruoca, na Baria do Acaraú, no Norte do Estado, região que teve maior registro de chuvas em 2018. Em contrapartida, 72 açudes estão com menos de 30% e, destes, nove estão completamente secos e oito estão com menos de 1%.
Nesta sexta-feira (21), o Governo do Ceará inaugura mais sistemas de abastecimento de água no Interior. Desta vez em Quixelô, no Centro-Sul do Estado. Ao todo, 173 famílias das comunidades Umazinho e Vila Acampamento terão acesso a água tratada por meio do Projeto São José III. Desde 2015 foram entregues pouco mais de 600 sistemas de abastecimentos pela Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA).
Açude secos (Municípios)
Carão (Tamboril)
Faé (Quixelô)
Favelas (Tauá)
Monsenhor Tabosa (Quixeramobim)
Serafim Dias (Mombaça)
Vieirão (Boa Viagem)
Sousa (Canindé)
Nova Floresta (Jaguaribe)
Potiretama (Potiretama)
Açudes com menos de 1% (Municípios)
Monte Belo (Araripe)
Parambu (Parambu)
Cedro (Quixadá)
São José II (Piquet Carneiro)
Jenipapeiro (Deputado Irapuan Pinheiro)
Santo Antônio (Iracema)
Castro (Itapiúna)
Flor do Campo (Novo Oriente)