A Secretária Municipal de Desenvolvimento Econômico, Aquicultura e Pesca de Jaguaribara atualizou os números de mortandade de peixe ocorrida entre os dias 7 e 9, no Açude Castanhão, o maior do Ceará, que acumula apenas 3,6% de seu volume.
Os números atualizados são bem maiores do que a estimativa inicial de 100 toneladas. Os dados foram atualizados após levantamento feito entre produtores de associações, da Cooperativa do Curupati Peixe e empresários particulares.
O total de pescado que os cooperados perderam foi de 283 toneladas, um prejuízo avaliado em R$ 1,5 milhão. A Prefeitura acrescentou que houve perdas em criatórios de empresários e produtores de outras associações. Juntando tudo, o montante de peixes mortos ultrapassou 500 toneladas.
“Estivemos, com o engenheiro de pesca da Ematerce, Édson Sousa, e um representante da Câmara Municipal, vereador Neudo Oliveira, levantando informações sobre a mortandade de tilápia nos criatórios, na Bacia do Castanhão, na sede da Cooperativa dos Criadores de Peixes do Curupati. Estão tristes e preocupados com o prejuízo que tiveram”, contou a secretária de Desenvolvimento Econômico, Aquicultura e Pesca de Jaguaribara, Lívia Barreto.
Foi criada uma comissão para buscar apoio junto aos órgãos competentes. Ainda nesta semana, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Aquicultura e Pesca de Jaguaribara fará o relatório dos impactos econômicos e a Empresa de Assitência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce) vai concluir o laudo técnico que apontará as causas da mortandade.
“Todos reconhecem os riscos assumidos para produzir tilápias com a atual condição do açude. Os produtores que vivem na península do Curupati Peixe só tem essa fonte de renda e optaram por tentar produzir, mesmo com toda essa crise hídrica, alguns perderam, e outros não, ainda resistem”, destacou Lívia Barreto.
O Curupati Peixe foi o mais afetado com a mortalidade de pescado em gaiolas, criados de forma intensiva. A península do Curupati Peixe é um assentamento de famílias das comunidades rurais da antiga Jaguaribara que foram inundadas com a construção do Castanhão.
É um projeto de características diferenciadas dos demais, pois os reassentados foram induzidos à piscicultura em tanques-redes. O projeto produtivo foi criado pelo governo do Estado do Ceará, em 2007, para atender as famílias que cederam suas terras produtivas para dar espaço às águas do Castanhão.