Jornalismo independente monitora violência contra a mulher na pandemia

Conversa entre as jornalistas Kátia Brasil e Maristela Crispim vai abordar o monitoramento que vem sendo feito sobre a violência contra a mulher neste período de pandemia no Brasil por sete mídias independentes.

A série expõe diversas situações de violência e agressão que têm se intensificado com o isolamento social no País | Foto: Adriana Pimentel

Por Líliam Cunha
Colaboradora

Foram 497 casos de feminicídio reportados entre março e agosto de 2020, segundo o monitoramento da violência contra a mulher nesta segunda fase da série ‘Um vírus e duas guerras’, que vai monitorar até o fim deste ano o feminicídio e a violência doméstica no período da pandemia. O objetivo é visibilizar esse fenômeno silencioso, fortalecer a rede de apoio e fomentar o debate sobre a criação ou manutenção de políticas públicas de prevenção à violência de gênero no Brasil.

Trata-se de uma parceria colaborativa entre as mídias independentes Amazônia Real, sediada no Amazonas; #Colabora, no Rio de Janeiro; Eco Nordeste, no Ceará; Marco Zero Conteúdo, em Pernambuco; Portal Catarinas, em Santa Catarina; AzMina e Ponte Jornalismo, em São Paulo.

Para tratar do tema, a Eco Nordeste promove, nesta quarta-feira (28), às 16h, mais uma edição da sua série de conversas ao vivo, tendo como convidada a jornalista Kátia Brasil, que é uma das idealizadoras do projeto. A conversa será mediada pela jornalista Maristela Crispim, fundadora, gestora e editora geral da Eco Nordeste. A transmissão será pelo Instagram da Eco Nordeste (@agenciaeconordeste) e da Amazônia Real (@amazoniareal).

Kátia Brasil

Kátia Brasil é jornalista com passagem por diversos veículos, premiações e atuação em defesa dos direitos da mulher | Foto: Alberto César Araújo / Amazônia Real

Jornalista formada pela Faculdade de Comunicação e Turismo Hélio Alonso, no Rio de Janeiro, em 1990, Kátia Brasil iniciou a profissão em 1986, nas rádios Tupi e Tropical, no Rio. Em 1990 mudou-se para a Amazônia e passou pelas redações dos jornais O Estado de Roraima (1990) e A Gazeta de Roraima (1991-1992), e foi repórter da TV Educativa (1992-1993). Em 1991 começou a trabalhar na grande imprensa como correspondente do jornal O Globo (1991-1994).

No fim de 1993 mudou-se para Manaus, no Amazonas, onde trabalhou como editora de economia no jornal Amazonas Em Tempo (1993-1995) e foi repórter da TV Cultura (1995-1996). Trabalhou como correspondente dos jornais O Estado de S. Paulo (1994-2000) e Folha de S. Paulo (2000-2013), no qual trabalhou com exclusividade cobrindo, inclusive, países de fronteira, como Bolívia, Peru, Colômbia e Venezuela.

Em 1991 ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo Região Norte com reportagem “Bandeira do Brasil Hasteada na Fronteira”, publicada pelo jornal A Gazeta de Roraima. Recebeu o 1º Prêmio de Jornalismo da Associação Médica do Estado do Amazonas, em 1995, pela reportagem sobre aumento dos partos por cesarianas nas maternidades públicas, pela TV Cultura.

Em 2013 foi uma das fundadoras da agência de jornalismo independente Amazônia Real, com sede em Manaus. Pela Amazônia Real, ganhou os seguintes prêmios: Prêmio Criar Brasil da Radio Tube pelo documentário “Aruká, o último guerreiro do povo Juma” (2015); Prêmio The Bobs, concedido pela empresa de comunicação alemã DW (2016), entre outros.

Feminista, Kátia Brasil participa de organizações que defendem os direitos das mulheres, combatem a violência e promovem a igualdade, equidade e diversidade. Foi fundadora do Coletivo partidAmazonas, que defende a participação das mulheres na política institucional, participa do Fórum Permanente das Mulheres de Manaus (FPMM), e foi embaixadora da campanha Jogue Como Uma Garota, que reuniu mulheres para torcer pela Seleção Feminina de Futebol durante a Copa do Mundo em 2019. É ouvidora do Instituto Mana, que é formado por advogadas que defendem os direitos das mulheres.

Maristela Crispim

Fundadora, gestora e editora geral da Eco Nordeste – Agência de Conteúdo, é jornalista formada pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente (UFC). Deu aula de Comunicação Ambiental na Pós-Graduação da Universidade de Fortaleza (Unifor). Coordenou, em 2019, a primeira Virada Sustentável Fortaleza. Foi repórter, redatora, editora, colunista e blogueira do jornal Diário do Nordeste, onde atuou por mais de 24 anos. Foi finalista e premiada 46 vezes, entre 2002 e 2017, em concursos jornalísticos locais, nacionais e internacionais.

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