A Casa do Jornalismo Socioambiental é uma iniciativa que reunirá profissionais e veículos brasileiros especialistas de todo o país. O projeto vai ampliar abordagens e vozes sobre a Amazônia, clima e meio ambiente, buscando um maior alcance de audiência.

Antes mesmo do início da COP30, que será realizada de 10 a 21 de novembro, Belém sedia uma iniciativa inédita: a Casa do Jornalismo Socioambiental. O espaço é uma base central e operacional para hospedar jornalistas de diferentes estados do Brasil e conta com uma extensa programação voltada a profissionais da comunicação e à sociedade civil. As atividades começam neste 3 de novembro e são resultado de um esforço colaborativo para incluir novas abordagens – locais e globais – e ampliar a audiência durante o evento.
Ao longo do mês, a Casa contará com oficinas, painéis, debates e outras atividades sobre jornalismo e temas socioambientais, além de lançamentos de relatórios, ferramentas e outros produtos para a imprensa e a sociedade civil. A programação prévia pode ser conferida aqui.
Objetivo:
fortalecer o jornalismo socioambiental
A Casa fortalecerá a cobertura jornalística de 21 veículos de comunicação, entre eles, a Eco Nordeste. Antes, durante e depois da COP30, eles compartilharão e republicarão entre si os conteúdos produzidos para informar melhor seus públicos sobre a conferência e a Cúpula de Líderes.
“Este trabalho colaborativo estimula e fortalece uma cobertura com diferentes olhares sobre o universo de pautas durante este mês de novembro em Belém, o que evita sobreposições e permite muito mais qualidade nos conteúdos produzidos”, afirma a diretora executiva do Instituto Eco Nordeste, Maristela Crispim.
Os veículos parceiros também contarão com infraestrutura de trabalho durante todo o mês. A Casa é um hub para dezenas de jornalistas de todo o país, que terão acesso a um ambiente para trocar informações e fazer novos contatos e parcerias em coberturas colaborativas.
Quem são os parceiros?
A iniciativa da casa foi idealizada e organizada ao longo do último ano pelas equipes de InfoAmazonia, #Colabora, Envolverde, Eco Nordeste, ((o))eco, Amazônia Vox, Associação de Jornalismo Digital (Ajor) e Open Knowledge Brasil.
Também fazem parte do esforço de cobertura: Agência Pública, Alma Preta, Ambiental Media, AzMina, Carta Amazônia, Ciência Suja, Intercept Brasil, Nexo, O Joio e O Trigo, Repórter Brasil, Revista Cenarium, Site Independente A LENTE, Agência Urutau, O Varadouro e Voz da Terra.
Para tornar a cobertura mais diversa e representativa, os veículos irão dividir entre si, todos os dias, os temas de maior interesse. Assim, evitarão repetir as mesmas histórias e ampliarão o alcance da produção jornalística, dando centralidade às vozes das periferias e dos povos tradicionais e aos desafios das negociações climáticas.
Audiências internacionais também terão acesso à cobertura, com mais de 70 reportagens traduzidas e disponibilizadas para meios de comunicação que publicam em inglês e espanhol, por meio da difusão das agências LatAm Intersect PR, Approach, Impronta Comunicación Estratégica e Mullenlowe, além de parceiros dos veículos que compõem a iniciativa. Toda a produção será disponibilizada gratuitamente para a Rede Cidadã InfoAmazonia, uma coalizão de 25 organizações de jornalismo dos nove estados amazônicos.
A Casa de Jornalismo Socioambiental é financiada pela Climate and Land Use Alliance (CLUA), cujo apoio estruturante viabiliza a iniciativa. Conta com o apoio da Fundação Itaú, com participação ampliada nas ações, e do Instituto Clima e Sociedade (iCS), que contribui de forma relevante para a consolidação do projeto.
Completam a rede de apoio Amazon Conservation Association, Pulitzer Center, Greenpeace, Covering Climate Now, Fundação Heinrich Böll, Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), Oxfam Brasil, Ciência Hoje, Fundação Rosa Luxemburgo, ITS Rio e a Iniciativa AdaptaCidades, implementada pela Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH e pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), com recursos da Iniciativa Internacional para o Clima (IKI) e do Fundo Verde para o Clima (GCF).
O conteúdo inédito produzido
Os veículos que integram a Casa do Jornalismo Socioambiental terão diferentes produtos para ampliar o alcance e garantir a cobertura em tempo real, mas com profundidade e contexto.
Entre as novidades da cobertura colaborativa está o feed em tempo real, uma plataforma que reunirá atualizações minuto a minuto sobre os eventos oficiais e paralelos da COP30 em Belém. Com conteúdo multimídia – incluindo texto, fotos, áudios e vídeos curtos -, será constantemente atualizado por mais de 30 repórteres de veículos nacionais e locais especializados em cobertura socioambiental.
O feed em tempo real será incorporado nos sites de todos os parceiros que participarão da cobertura, além de possibilitar que os leitores tenham um aprofundamento dos temas de interesse ao direcioná-los para as reportagens completas de cada veículo.
Ao reunir dezenas de jornalistas em um mesmo esforço, a iniciativa aposta em uma cobertura plural que deve marcar a COP30 como um dos maiores exercícios colaborativos do jornalismo socioambiental no Brasil.
Serviço
O quê? Casa do Jornalismo Socioambiental
Onde? Casa Carmina — Rua Arcipreste Manoel Teodoro, 864, próximo à Praça da República, em Belém (PA)


