Festival da Andorinha Branca reforça educação ambiental em Quixaba, no Ceará

A área de extrema importância para uma ave ameaçada de extinção chamada de trinta-réis-róseo | Fotos: Onofre Monteiro / Acervo Aquasis

Aracati – CE. Há 15 anos, a Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos (Aquasis) em parceria como o Projeto Aves Migratórias do Nordeste (PAMN), promove o Festival das Gaivotas na comunidade de Quixaba, em Aracati município do litoral leste do Ceará, a cerca de 150 km de Fortaleza e área de extrema importância para uma ave ameaçada de extinção chamada de trinta-réis-róseo.

O Festival foi resultado das intensas ações de conscientização e educação ambiental realizadas desde 2006 pela Aquasis após a constatação que a comunidade local capturava as gaivotas para retiradas das anilhas de identificação para confecção de adornos como pulseiras e colares para uso pessoal, resultando na morte de muitas delas.

Essas anilhas são utilizadas por pesquisadores para diversos estudos biológicos e ecológicos, inclusive para monitorar o trajeto dessas aves migratórias. Hoje, a comunidade de Quixaba, tem uma visão totalmente diferente de 2006 com total apreço com a conservação dessas espécies, tornando-se parceiros da instituição na pesquisa dessas aves, além de reforçar a importância da inserção das comunidades na conservação. Motivo pelo qual, se justifica a realização do Festival todos os anos.

Neste ano, durante uma oficina de artesanato realizada pela equipe de educação ambiental do PAMN, viabilizada por patrocínio do Programa Petrobras Socioambiental, os atores locais resolveram inovar o nome do festival e escolheram o Festival da Andorinha Branca, uma referência ao nome que eles chamam o trinta-réis-róseo, que é uma das espécies de foco do trabalho de conservação do PAMN e, também, como uma homenagem a um líder comunitário da região que compôs a música “Andorinha Branca“.

“É muito gratificante observar envolvimento comunitário na conservação da espécie e de todo o ambiente onde eles vivem, além de escutar o tanto de histórias e conhecimento que nos trazem para preencher lacunas na pesquisa dessa espécie”, afirma Felipe Braga, coordenador de educação ambiental.

O formato do festival está sendo diferente devido às normas de segurança da Covid-19, apenas com a presença da comunidade local, número limitado de pessoas com oficinas de arraias e pintura em vela, limpeza de praia, campanhas de informação nas barracas, distribuição de brindes e exposição itinerante, entre outros.

Mais informações no Instagram @avesmdonordeste

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