Durante as duas semanas da COP30, jornalistas de 21 mídias independentes de todo o Brasil, reunidos pela Casa do Jornalismo Socioambiental, fizeram uma cobertura inovadora que contou com um livefeed disponibilizado em todos os sites. Aqui você ainda pode conferir como foi essa cobertura

A Casa do Jornalismo Socioambiental foi uma base central e operacional para hospedar jornalistas e contou com uma extensa programação voltada a profissionais da comunicação e à sociedade civil. As atividades foi de 3 a 20 de novembro, resultado de um esforço colaborativo para incluir novas abordagens – locais e globais – e ampliar a audiência durante o evento.
No período, a Casa contou com oficinas, painéis, debates e outras atividades sobre jornalismo e temas socioambientais, além de lançamentos de relatórios, ferramentas e outros produtos para a imprensa e a sociedade civil.
Fortalecimento
O objetivo central da Casa foi o fortalecimento da cobertura jornalística de 21 veículos de comunicação, entre eles, a Eco Nordeste. Antes, durante e depois da COP30, eles compartilharam e republicaram entre si os conteúdos produzidos para informar melhor seus públicos sobre a conferência e a Cúpula de Líderes.
“Este trabalho colaborativo estimulou e fortaleceu uma cobertura com diferentes olhares sobre o universo de pautas, o que evitou sobreposições e permitiu muito mais qualidade nos conteúdos produzidos”, afirma a diretora executiva do Instituto Eco Nordeste, Maristela Crispim.
Os veículos parceiros também contaram com infraestrutura de trabalho durante todo o mês. A Casa foi um hub para dezenas de jornalistas de todo o país, que tiveram acesso a um ambiente para trocar informações e fazer novos contatos e parcerias em coberturas colaborativas.
Parceiros
A iniciativa da casa foi idealizada e organizada ao longo de um ano pelas equipes de InfoAmazonia, #Colabora, Envolverde, Eco Nordeste, ((o))eco, Amazônia Vox, Associação de Jornalismo Digital (Ajor) e Open Knowledge Brasil.
Também fizeram parte do esforço de cobertura: Agência Pública, Alma Preta, Ambiental Media, AzMina, Carta Amazônia, Ciência Suja, Intercept Brasil, Nexo, O Joio e O Trigo, Repórter Brasil, Revista Cenarium, Site Independente A LENTE, Agência Urutau, O Varadouro e Voz da Terra.
Para tornar a cobertura mais diversa e representativa, os veículos dividiram entre si, todos os dias, os temas de maior interesse. Assim, evitaram repetir as mesmas histórias e ampliaram o alcance da produção jornalística, dando centralidade às vozes das periferias e dos povos tradicionais e aos desafios das negociações climáticas.
Audiências internacionais também tiveram acesso à cobertura, com mais de 70 reportagens traduzidas e disponibilizadas para meios de comunicação, em inglês e espanhol, por meio da difusão das agências LatAm Intersect PR, Approach, Impronta Comunicación Estratégica e Mullenlowe, além de parceiros dos veículos que compuseram a iniciativa. Toda a produção foi disponibilizada gratuitamente para a Rede Cidadã InfoAmazonia, uma coalizão de 25 organizações de jornalismo dos nove estados amazônicos.
A Casa de Jornalismo Socioambiental foi financiada pela Climate and Land Use Alliance (CLUA), cujo apoio estruturante viabiliza a iniciativa. Contou com o apoio da Fundação Itaú, com participação ampliada nas ações, e do Instituto Clima e Sociedade (iCS), que contribuiu de forma relevante para a consolidação do projeto.
Completaram a rede de apoio Amazon Conservation Association, Pulitzer Center, Greenpeace, Covering Climate Now, Fundação Heinrich Böll, Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), Oxfam Brasil, Ciência Hoje, Fundação Rosa Luxemburgo, ITS Rio e a Iniciativa AdaptaCidades, implementada pela Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH e pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), com recursos da Iniciativa Internacional para o Clima (IKI) e do Fundo Verde para o Clima (GCF).
Conteúdo inédito
Os veículos que integraram a Casa do Jornalismo Socioambiental produziram diferentes produtos para ampliar o alcance e garantir a cobertura em tempo real, mas com profundidade e contexto.
Entre as novidades da cobertura colaborativa destaque para o feed em tempo real, uma plataforma que reuniu atualizações minuto a minuto sobre os eventos oficiais e paralelos da COP30 em Belém. Com conteúdo multimídia – incluindo texto, fotos, áudios e vídeos curtos -, foi constantemente atualizado por mais de 30 repórteres de veículos nacionais e locais especializados em cobertura socioambiental.
O feed em tempo real foi incorporado nos sites de todos os parceiros que participaram da cobertura, além de possibilitar que os leitores tivessem um aprofundamento dos temas de interesse ao direcioná-los para as reportagens completas de cada veículo.
Ao reunir dezenas de jornalistas em um mesmo esforço, a iniciativa apostou em uma cobertura plural que marcou a COP30 como um dos maiores exercícios colaborativos do jornalismo socioambiental no Brasil.
Clique aqui e acesse o livefeed da COP30.


