Os curtas-metragens foram filmados ao longo do desenvolvimento do Projeto Manatí e do Projeto Aves Migratórias do Nordeste | Foto: Amanda Oliveira
Nas praias de Icapuí, no litoral leste do Ceará, a água do mar recua diariamente mais de quatro quilômetros, formando a área onde milhares de aves migratórias se alimentam | Foto: Thiago TavaresPor Alice Sales
Colaboradora
Caucaia (CE). Dois curtas-metragens, produzidos pela Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos (Aquasis), representam o Ceará em Portugal no Concurso de Curtas-Metragens da Biodiversidade, promovido pelo Festival Internacional de Imagem da Natureza (FIIN). Os dois filmes foram produzidos entre os anos de 2018 e 2022, com imagens e direção da fotógrafa e publicitária Geice Magalhães e do jornalista Mika Holanda, que fazem a assessoria de comunicação da instituição.
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Ambos os filmes retratam histórias sobre esforços para a conservação de espécies animais que ocorrem na natureza cearense. São os curtas “Meu Lar é o Mar” (2020), que narra o desenrolar das ações que levaram à primeira translocação de peixes-bois-marinhos da história do Ceará com o objetivo de reabilitá-los e “Nas Asas da Conservação” (2022), que fala sobre a importância das comunidades costeiras na conservação da biodiversidade, no município cearense de Icapuí.
Os curtas-metragens foram filmados ao longo do desenvolvimento do Projeto Manatí e do Projeto Aves Migratórias do Nordeste, ambos com patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental.
Segundo o diretor das obras e documentarista Mika Holanda, “a seleção de dois filmes para um mesmo festival, como o FIIN, sinaliza mais uma vez a importância do trabalho que as equipes da Aquasis realizam para a conservação da biodiversidade cearense e também, do Brasil. Desde ações que impactam diretamente as populações de mamíferos marinhos e aves ameaçadas de extinção, ao cuidado e o respeito com as comunidades costeiras, que estão intimamente ligadas ao sucesso da preservação da natureza”.
Holanda considera que ter os documentários selecionados pelo Festival foi um momento de grande alegria e celebração. Ele destaca que, a princípio, participar de festivais nunca foi a intenção, mas sim mostrar um pouco do trabalho que a Aquasis realiza pela conservação da biodiversidade, e que depois veio a ideia de inscrever os filmes em vários festivais: “Quando veio a notícia de que logo um festival Internacional abraçou nossos dois projetos, foi muito gratificante e importante, na perspectiva de levar nossas ações para o conhecimento do mundo”.
O documentarista relembra um dos detalhes que mais o marcou durante a produção dos filmes: poder sentir o envolvimento das pessoas que atuam nessas ações de conservação e que fazem a diferença na preservação de ecossistemas e espécies vulneráveis: “É por meio delas que alcançamos grandes resultados. Nos emocionamos muito gravando o depoimento das pessoas, ouvindo suas histórias e sentindo a forma como elas percebem as coisas ao seu redor. E esperamos que esses filmes toquem cada vez mais pessoas”.
O Concurso de Curtas-Metragens da Biodiversidade, promovido pelo FIIN tem como principal objetivo promover a temática do patrimônio natural biológico, especialmente as regiões naturais, os ecossistemas, os habitats e as espécies da fauna e flora selvagens, por meio da seleção e classificação de obras cinematográficas relacionadas com estas questões. Neste ano, o concurso anunciou 70 obras selecionadas para o júri.
Os filmes estão disponíveis na íntegra no YouTube:
