Dia Internacional da Onça-Pintada denuncia desequilíbrio ambiental

Anunciado por ONGs e líderes mundiais durante COP14, que acontece no Egito, data se tornará um marco ambiental na luta contra a extinção da espécie. FOTO: Julie Larsen Maher / @WCS

Hoje, dia 29 de novembro, é comemorado o primeiro Dia Internacional da Onça-Pintada. O anúncio da nova data comemorativa internacional foi feito pela Wildlife Conservation Society (WCS), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (UNDP), a World Wide Fund (WWF), a Panthera, além de representantes de diversos governos durante a COP14, da Convenção sobre Diversidade Biológica, que termina hoje, em Sharm El-Sheikh, no Egito.

A inciativa pretende chamar a atenção sobre o papel dessa espécie como indicador de um ecossistema saudável, as ameaças que a Onça-Pintada enfrenta, e os esforços de conservação para garantir a sua sobrevivência. Originalmente encontrada em todos os biomas brasileiros, a espécie é classificada como vulnerável e, em algumas regiões do País, está praticamente extinta. É o maior carnívoro da América Latina, e está presente em 18 países do continente americano.

“O decreto da nova data comemorativa representa um referendo importante para a WCS Brasil. É uma forma de reconhecimento e certamente irá fortalecer as iniciativas temos desenvolvido junto a entidades parceiras para a conservação da espécie”, destaca Carlos Durigan, diretor executivo da WCS Brasil.

Também durante a COP14 foi lançado o documento “Onça-Pintada 2030, um Plano de Conservação para as Américas”, um compromisso global sem precedentes, que tem como objetivo fortalecer o corredor ecológico da espécie, do México à Argentina, e garantir 30 áreas prioritárias de conservação até 2030. Essa iniciativa ousada e regional, irá orientar novos canais para uma cooperação internacional eficaz e aumentar a conscientização sobre a importância de projetos de conservação para a Onça.

Conservação, pesquisa e monitoramento

A WCS-Brasil entidade atua ativamente desde 2013, em parceria com outras instituições, na conservação, pesquisa e monitoramento da Onça, principalmente, na Amazônia brasileira e no Pantanal / Cerrado. A proposta é manter e, se possível, aumentar as populações de Onça, e utilizar essa espécie não somente como um ícone da vida silvestre, mas também como um símbolo da saúde da natureza no Planeta.

Uma dessas iniciativas é a Aliança da Onça-Pintada, que reúne 16 organizações parceiras, e se propõe a ser um fórum de colaboração entre projetos de conservação da Onça-Pintada na Amazônia brasileira, e incentivar a incorporação de planejamentos para a conservação da espécie em projetos de desenvolvimento nesse bioma.

Quer a apoiar a Eco Nordeste?

Seja um apoiador mensal ou assine nossa newsletter abaixo: