Ação nacional de conservação de manguezais é articulada a partir de Fortaleza

Um dos objetivos da ação é ampliar a consciência sobre a importância dos manguezais | Foto: Ecomuseu Natural do Mangue

O Limpa Mangue Brasil 2019 será realizado nos dias 26 e 27 de julho, com o envolvimento de universidades, ONGs, Oscips, catadores de caranguejo, pescadores, projetos sociais, órgãos públicos e comunidades ribeirinhas. As ações estão programadas das 8h às 13h, em todo o País. A proposta partiu do Ecomuseu Natural do Mangue, situado no estuário do Rio Cocó, em Fortaleza.

O ecossistema manguezal é rico em matéria orgânica e constitui refúgio natural para reprodução, alimentação e proteção de muitas espécies da fauna e da flora. Também contribui para sobrevivência de aves, répteis e mamíferos, muitos deles em risco de extinção. Do seu equilíbrio dependem diversas comunidades de pescadores e catadores de mariscos que sobrevivem dos recursos naturais do mar e do manguezal.

Após analisar diversos problemas ambientais e percebendo que a questão dos resíduos sólidos é uma das mais preocupantes, o Ecomuseu Natural do Mangue criou, em 2017, o dia de ação Limpando os Manguezais, com o objetivo de despertar a responsabilidade socioambiental em empresas, instituições e população.

Em 2018, em parceria com a ONG Guardiões do Mar, do Rio de Janeiro, articulou o Limpando os Manguezais Brasil 2018 e, como resultado do evento, além de coletarem quase 5 toneladas de resíduos, criaram a Rede Nacional de Manguezais (Renaman).

Em 2019, o desafio é maior. Nos dias 26 e 27 de julho será realizada a segunda ação, desta vez em âmbito nacional, ao mesmo tempo em diversos estados e envolvendo diferentes grupos, cada um organizando seu próprio evento e compartilhando informações e resultados.

A ideia é, após a ação, continuarem unidos em rede com o feedback do realizado, sugestões de melhorias, trocas de informações sobre o manguezal e a criação definitiva de uma rede de proteção e ações em prol do manguezal do Brasil.

Objetivos

  • Mobilizar e sensibilizar a comunidade em geral para a problemática do acúmulo de resíduos sólidos no ecossistema manguezal
  • Visualizar o grau de degradação dos manguezais no Brasil provenientes do acúmulo de resíduos sólidos e seus impactos negativos nesse ecossistema com relação à fauna e flora
  • Informar a população sobre a situação atual de degradação dos manguezais no Brasil
  • Promover a limpeza dos manguezais do Brasil
  • Divulgar a necessidade de cuidados no acondicionamento e disposição dos resíduos e verificação dos horários de coleta a fim de minimizar o problema no seu ponto de origem

Participantes confirmados

Alagoas

  • Projeto Meros do Brasil
  • Universidade Federal de Alagoas (Ufal)

Bahia

  • Vovó do Mangue

Ceará

  • Ecoação
  • Ecomangue
  • Ecomuseu Natural do Mangue
  • NepMan
  • Semente dos Sonhos

Maranhão

  • Centro de Recuperação de Manguezais (Cermangue)
  • Laboratório de Manguezais (Lama) / Universidade Federal do Maranhão (Ufma)

Pará

  • Instituto Manguezal

Paraná

  • Mar do Brasil

Pernambuco

  • Museu do Caranguejo Vivo
  • Prefeitura de Sirinhaém

Piauí

  • Comissão Ilha Ativa (CIA)

Rio de Janeiro

  • Cavalos do Mar
  • Cooperativa Manguezal Fluminense
  • Projeto Uça

Rio Grande do Norte

  • Associação dos Moradores e Amigos da Praia do Meio (AMA-PM)
  • Gamboa Jaguaribe
  • Instituto Navegar
  • Rede Mangue Mar

Santa Catarina

  • Coletivo Joinville

São Paulo

  • Amigos na Preservação, Proteção e Respeito a Ubatuba (APPRU)
  • Ecofaxina
  • Instituto Terra e Mar
  • Projeto de Preservação dos Manguezais de Caraguatatuba (Ppmca)

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