e a Meliponicultura

FOTOS: ASSOCIAÇÃO CAATINGA

Abelha-jandaíra 

Dentre as mais de 20 mil espécies de abelhas existentes no mundo há a abelha jandaíra (Melipona subnitida), uma espécie nativa do Nordeste brasileiro que possui ferrões atrofiados

A jandaíra atua em sinergia com as espécies vegetais da Caatinga, é agente polinizadora e usa o néctar das flores para produzir um mel diferenciado

A Meliponicultura é a prática de criação dessas abelhas sem ferrão para a extração de mel e é uma tecnologia social  aliada ao desenvolvimento sustentável de comunidades sertanejas

A prática contribui para a conservação das florestas por meio da polinização das plantas nativas e reduz a pressão sobre as populações de abelhas nas matas

É uma prática sustentável, ecologicamente correta e economicamente viável, já que o mel produzido tem grande valor. Também é socialmente justa e integra pequenos agricultores

A criação de abelhas nativas sem ferrão necessita de plantas disponíveis para elas, água e colmeias feitas de caixas de madeira. A estrutura do meliponário deve ter proteção do sol e da chuva

Espécies como o marmeleiro, pau-ferro, caatingueira, jurema e sabiá são algumas utilizadas por essas abelhas na alimentação, sendo as mais recomendadas para ter próximo ao meliponário

O mel produzido por abelhas sem ferrão é mais fino. A cor varia principalmente de acordo com a florada que foi utilizada para produzi-lo. O sabor é levemente ácido

Em condições normais de clima e florada, a produção anual de cada enxame de jandaíra pode chegar a 1,5 litro de mel. Com propriedades e composição nutritiva superior ao mel comum

O projeto No Clima da Caatinga (NCC), da Associação Caatinga, capacitou mais de 282 pessoas em meliponicultura, além de distribuir quase 200 colônias de jandaíra em 16 comunidades do Nordeste

Ao todo, 3.300 famílias foram envolvidas em 40 comunidades do Ceará e do Piauí. A Atividade fez a diferença na vida de famílias que vivem nessas comunidades